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Gás natural é a saída para mudança da matriz energética, diz presidente da MSGÁS

7 agosto, 2024 - 12:05 pm

Plano da Companhia é renovar contrato de concessão até 2058, expandir as redes de gás canalizado, ganhar mercados e ampliar participação no processo de transição

A MSGÁS está trabalhando em um planejamento desafiador, que será fundamental para a segurança energética. No futuro, mais lares, comércio, serviços, indústria e setor produtivo vão usar combustível mais limpo. Além do compromisso com a descarbonização, a empresa se estrutura para atender a grande demanda por energia puxada pelo crescimento econômico e obras de infraestrutura e logística, segundo a presidente da empresa, Cristiane Schmidt.

Cristiane Schimdt, reforça que o plano de negócios da empresa, focado no programa de expansão do gás canalizado, que para este ano prevê a construção de mais 40 quilômetros de rede de distribuição em Campo Grande, cujo cronograma está com 60% das obras concluídas, e nos incentivos ao uso do GNV, principalmente no transporte de cargas, já que substituir o diesel significa a redução na emissão de poluentes, sem falar do aspecto econômico e segurança.

Cristiane Schmidt destacou a interiorização do gás canalizado com perspectivas de atender Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia, Dourados, Bataguassu e Inocência (fábrica de Celulose da Arauco). Hoje a rede de gás canalizado tem extensão de 500 km está nos municípios de Campo Grande e Três Lagoas. “Para se ter ideia, do que é esse número, é a mesma distância entre Campo Grande e Corumbá, lá no Pantanal”.

Mato Grosso do Sul tem o que muitos estados não têm, que é o gás natural disponível, oferta de energia capaz de dar competividade às indústrias, segundo observa a CEO da MSGÁS. “Existem estados que não têm oportunidade porque faltam dutos. É o caso de Goiás, por exemplo. Isso tira a competitividade das indústrias”, comparou a presidente da MSGÁS, que já foi secretária de Fazenda do estado goiano e sabe como suprimento de energia é importante para a expansão econômica.

DEFINIR NOVA CONCESSÃO É VITAL

A nova concessão da Companhia é uma pauta constante porque os prazos são longos no planejamento estratégico, segundo Cristiane Schmidt. O modelo está em discussão na Semadesc e no Escritório de Projetos Estratégicos do Estado. O Governo detém 51% da empresa e os outros 49% são da Commit, holding que tem participação na Compagas e Mitsui. A consultoria do novo modelo de concessão é do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“Nossa meta de agora, nesse momento, é que a gente consiga junto ao BNDES uma modelagem boa para ter uma concessão até 2058. Se não fizermos isso agora, será um problema. Infraestrutura é diferente, demora de um até quatro anos. Como será uma empresa de infraestrutura chegar em 2028 sem um planejamento, sem apontar investimentos?”

DESAFIO MAIOR

Cristiane Schimidt vê outro desafio que o governo do Estado está “atuando muito bem” – protagonizar o mercado internacional de gás, engajando no projeto de importação do gás argentino, que avançou no âmbito diplomático, nas relações bilaterais do Brasil com a Argentina, e com alternativas projetadas pelos países sob influência da Rota Bioceânica, liderados pelo Paraguai. Ministro paraguaio que se reuniu com o governador Eduardo Riedel nesta terça-feira, 6, também tratou do assunto com o diretora-presidente da MSGÁS.

GNV

“O Gás Natural Veicular (GNV) conta com incentivos importante e que podem ajudar os motoristas, em especial aqueles trabalhadores de aplicativos. Temos isenção do IPVA, redução de 17% para 12% do ICMS, isenção das taxas do Detran e voucher de mil reais para carros de passeio e R$ 5 mil para veículos de carga”

Assessoria de Comunicação da MSGÁS

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